A diferença entre os tipos de prata: Esterlina, prata de lei e outros

Você já se perguntou por que existem tantos tipos de prata? Segundo dados da plataforma de pesquisa Statista, a produção mundial de prata alcança em média 25 mil toneladas métricas por ano. Esse valor é justificado pelo alto uso desse metal em diversas áreas, sendo desde um condutor elétrico para componentes tecnológicos a um material para joias.

Quanto a esse segundo uso, causa estranhamento que, apesar de ser um elemento encontrado na natureza em uma única forma, ele receba tantos nomes diferentes. Isso porque o setor de joalherias se acostumou a usar termos como prata 925, esterlina ou de lei, sem que os consumidores realmente saibam do que se trata.

Por isso, neste artigo, vamos te explicar a diferença entre os tipos desse metal, para você aprender a reconhecê-los. Continue lendo para saber mais.

Entendendo a prata esterlina: Características e vantagens

Também conhecida como prata 925, a liga esterlina é caracterizada pela presença de 92,5% de prata na sua composição.

Essa proporção permite que as joias não sejam maleáveis demais, por causa da presença de 7,5% de outros componentes. Contudo, a quantidade é suficiente para manter as características do metal puro.

Por isso, esse tipo de prata apresenta uma tonalidade cinza-claro, é muito brilhante, possui alta duração e baixa oxidação.

Prata de lei: O que é e como é feita

No século XIII, o rei Dom Afonso III, de Portugal, instituiu uma norma que proibia a venda de objetos confeccionados em ligas que não tivessem 92,5% de prata. Por esta razão, esse metal, quando produzido desta forma, também recebe o nome de prata de lei.

Para obter essa composição, a prata pura é derretida e misturada, na maioria dos casos, ao cobre. O motivo para a utilização desse elemento é a sua alta tenacidade, que deixa a liga mais rígida. Na ourivesaria, também pode-se usar o germânio, que possui uma resistência muito maior à oxidação, revertendo os efeitos do cobre.

Então, supondo que você desejasse fazer 10 gramas de prata esterlina, seria preciso usar 9,25 gramas desse metal puro com 0,75 gramas de cobre puro ou germânio. Para a proporção ficar correta, é utilizada uma balança de alta precisão, capaz de identificar pesos com baixa margem de erro.

Outros tipos de prata: Conheça as diferenças entre elas

Além da liga tradicional, as diferentes técnicas de tratamento do metal ou o estilo em que um objeto é confeccionado podem fazer a prata receber outros nomes.

Para deixá-la mais exótica e atraente, muitas lojas podem nomeá-la de acordo com algum país. A seguir, vamos desmistificar os tipos portuguesa, tibetana e indiana. Confira!

Prata portuguesa

Essa denominação pode ser usada para se referir à prata de lei, considerando a sua origem, ou às pratarias portuguesas, produzidas entre os séculos XV e XIX.  Não existe, portanto, uma liga usada apenas em Portugal.

Prata tibetana

Apesar da sua denominação, a prata tibetana é composta por vários metais que não são preciosos, como:

  • cobre;
  • estanho;
  • níquel;
  • zinco;
  • ferro.

Por conter componentes que oxidam facilmente, a sua aparência é cinza escurecida. Ela pode ser encontrada em joias e esculturas tradicionais da Ásia Central.

Prata indiana

Longe de denominar uma liga específica, a prata indiana refere-se aos objetos confeccionados nesse metal, que portam o estilo proveniente da Índia.

São jogos de chá, castiçais, bandejas, entre outros utensílios domésticos, completamente esculpidos com cenários, elementos da natureza, como flores e animais, e arabescos. Eles podem conter entre 90% a 92% de prata.

Então, se você ver um desses objetos à venda, já sabe que eles nem sempre são sinônimos de alta qualidade, apesar de seu valor histórico-cultural. Na dúvida, a prata 925 é sempre a melhor opção, sendo um indicativo de que você terá a sua joia por muito tempo com você.

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