A história da prata na joalheria: do passado ao presente

A prata é um dos elementos químicos mais antigos a ser conhecido pelo homem, assim como o ouro e o cobre, existindo registros do seu uso desde o fim da pré-história. Ela é caracterizada pela sua cor cinza clara e a sua alta reflexibilidade.

Por causa desses atributos, esse metal se tornou, ainda na Antiguidade, um dos principais materiais para a confecção de joias. Esse uso perdura até os dias de hoje. Com o intuito de você entender mais sobre essa relação, abordaremos, neste artigo, o papel da prata na joalheria, do seu início até atualmente, além das projeções para o seu futuro.

Como foi a evolução do uso da prata na joalheria através dos tempos?

A história desse elemento químico na ourivesaria data de cerca de 3000 a.C. Nessa época, ele já era importante entre os etruscos e os povos da Mesopotâmia, mas foi no Egito antigo que a sua relevância aumentou.

Como o ouro era minerado dentro das terras egípcias e a prata precisava ser importada, esta possuía mais valor. Então, apenas faraós utilizavam joias com este material. O mesmo podia ser vislumbrado na Grécia arcaica, em relação a sua importância.

No começo da civilização clássica, esse cenário mudou e o ouro passou a ser mais apreciado. Mesmo assim, os outros metais nobres não deixaram de ser usados na fabricação de brincos, colares, pulseiras e anéis na história ocidental.

No século XIII, começaram a surgir normas para a regularização da ourivesaria. Em Portugal, o rei Dom Afonso II determinou um limite mínimo para a presença da prata nas ligas metálicas: 92,5%. Essa é a razão pela qual, ainda hoje, no Brasil, ela é conhecida como prata de lei ou prata 925.

Com a descoberta de diversas minas desse metal por todo o mundo, ele deixou de ser considerado raro e o seu preço baixou significativamente. Atualmente, apesar de ser um material nobre, especialmente por seu brilho e baixa oxidação, essa é uma opção mais acessível para quem deseja comprar joias.

Qual foi a importância da prata na cultura e na religião ao longo da história?

Diversos povos antigos, em diferentes localizações pelo globo, consideravam a prata como uma representação da lua, em contraste com o ouro, que seria o sol. Era o caso dos egípcios e dos incas.

Como os elementos da natureza sempre foram considerados sagrados, ambos os metais eram usados para a proteção. Essa visão atravessou o contexto religioso, misturando-se aos mitos. Em histórias de vampiros, a prata seria usada para combatê-los.

Além do simbolismo por trás desse material, ele também sempre teve uma grande relevância econômica. Além disso, apesar da sua ligeira desvalorização, nunca deixou de ser uma importante moeda de troca em todo o mundo, cujo preço está ligado às variações do dólar e à disponibilidade do estoque mundial.

Principais técnicas de produção de joias em prata

A ourivesaria é uma arte milenar, desenvolvida em diversas regiões simultaneamente. Portanto, a quantidade de técnicas existentes é enorme, sendo que estão sempre surgindo novas formas de fazer joias. Entre as principais, podemos destacar:

• Forja – é a maneira que os nórdicos faziam os seus acessórios, a marteladas e fogo, com pouco instrumentos;
• Fundição – fruto da industrialização da profissão, nessa técnica, o metal derretido é colocado em um molde de cera, para criar peças idênticas com pouco esforço;
• Filigrana – método antigo que forma padrões usando fios metálicos finíssimos.

Tendências e desafios na joalheria contemporânea para o futuro

Com o desenvolvimento da tecnologia, a joalheria deixou de ser um ofício tão artesanal, já que as máquinas conseguem fazer acessórios de prata e ouro rapidamente e em grande escala.

Existem, por exemplo, fábricas de correntes que produzem quilômetros deste item por dia, sem praticamente precisar da intervenção humana. Impressoras 3D também são amplamente empregadas para fazer moldes para a fundição de anéis e pingentes, resultando em produtos impossíveis de serem reproduzidos à mão.

Por outro lado, a tecnologia contemporânea permite que os ourives aumentem o seu escopo de possibilidades, mesclando máquinas ao seu trabalho usual para produzir peças inimagináveis anteriormente.

Como você acha que será o futuro da joalheria? Deixe a sua opinião nos comentários!